segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sei que a pedra que empurro murro a murro...

Sei que a pedra que empurro murro a murro,
Morro acima e que volta sobre mim.
São lembranças revoltadas, sem fim,
De criança mal amada, de um casmurro.

Da distância em que me vejo e empurro,
Essa desgraçada pedra de rim,
De mitologia grega, de arlequim,
Não ouço - da - razão o maldito sussurro.

Que parece prometer o paraíso,
Por isso perco a pose e tropeço.
De novo, cada vez mais indeciso.

Porque ouço pensamentos pelo avesso,
E minha língua amarrada, e de improviso,

Se implode, gritando sem endereço.

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