domingo, 16 de março de 2014

Poliglota

Engraçado como alguns termos estrangeiros nos acompanham.
Basta olharmos as placas de publicidade espalhadas pela cidade, ou simplesmente o nome de algumas empresas “nacionais”, para termos a certeza de que somos filhos biológicos do Brasil, mas criados por pais adotivos anglo – saxões.
Outro dia, numa conversa ao telefone, perguntei a moça que me atendia se ela poderia me orientar sobre um certo procedimento.
Ela respondeu:
- Humm... Não tenho esse skill.
Primeiro, disfarcei minha ignorância, e depois fui ao dicionário, para me enquadrar aos novos padrões da “língua brasileira”, evidentemente.
Já sabendo que o skill da moça é a minha boa e velha “habilidade” em procurar uma saída pela tangente, liguei novamente para aquela senhorita e soltei:
- Não poderemos assumir esse negocio, pois o custo não está previsto no nosso budget para o próximo ano... e finalmente com um smile de quem falou bonito.
Não demorou nem dez segundos e o meu budget caiu em desuso:
- Ok. Sem problemas. Entendemos que, para o seu core business, está não é uma opção interessante. Nosso dealer entrará em contato com o senhor tão logo seja possível...

Sem mais balas na agulha, ia arriscar um hasta la vista, baby para me despedir, mas achei melhor não mostrar que sou um poliglota.

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